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segunda-feira, 9 de maio de 2016

Xipurinfula e Carnap

Nunca fui dado a filosofia analítica e creio que o mesmo acontece ao "Chavinho" mas sua invenção conceitual-linguística-artística-metafísica exemplifica bem o que está em questão na história desta perspectiva filosófica. 
Carnap seria um professor que daria 0 ao invés dos 6 que o professor Girafales deu. Aliás não só daria 0 mas nem perguntaria qual era a intenção do garoto ao desenhar a Xipurinfula. Isto porque a Xipurinfula não passaria em um critério básico de sentido, não podemos reduzir a Xipurinfula a nada que existe no mundo como se faz com conceitos científicos. A palavra artropode por exemplo se refere a animais, com características x e y, uma Xipurinfula não é verificável portanto não possui sentido. Carnap vai mais longe e engloba muito da filosofia de Hegel e Heidegger como "Xipurinfulas" , ou seja, muito do que se é dito por esses dois autores seriam coisas sem sentido. 
Carnap empreende uma cruzada contra a metafísica , segundo ele incapaz de emitir qualquer coisa com sentido, seu texto é traduzido como superação mas trata-se de uma eliminação da metafísica e portanto das "Xipurinfulas". 
Além dessa triste consequência (um mundo sem Xipurinfulas) , para Carnap a filosofia só deveria se ocupar no ramo da lógica (clarificando conceitos e enunciados científicos), sendo a ética e a estética algo descartável. 
Chaves está em uma aula de artes, Carnap chama os filosofos metafísicos de  artistas frustrados. A grande ironia é que o círculo de Viena do qual Carnap fazia parte foi dissipado devido o nazismo.
Por fim metafisico ou não a Xipurinfula é inegavelmente idêntica ou será que não?    

Ps- faz tempo que não escrevo mas acredito que ainda há oportunidade de um segundo volume, quem não possui ainda o primeiro ebook de chaves e a filosofia é só mandar um emeio para vinicius1988@yahoo.com que informo os procedimentos.