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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Chaves, Felicidade e Filosofia



"Eu, mesmo sem um centavo no bolso, sempre trago no rosto um sorriso franco e espontâneo. Olha!"
"Eu dou risada, da Vila do Barril...eu rio dos meus próprios problemas, eu rio de mim mesmo, sabe?"
(Seu Madruga)

"Hum, qualquer um ri"
(Dona Florinda)

É com grande felicidade que volto com Chaves e a Filosofia, agora falando...da felicidade. Antes de todo discurso atual de felicidade, de propagandas de refresco até mesmo instituições bancárias, a filosofia de alguma forma sempre se perguntou sobre a felicidade ou até mesmo sobre uma vida feliz. Seja na temperança, pensando o hedonismo ou até mesmo com suspensão do remorso e aceitação de si. O caso é que não foram só Aristóteles, Epicuro e La Mettrie mas muitos outros pensaram a felicidade na filosofia. Inclusive a frase chavística que abre o post fala sobre o sorriso, Demócrito era um grande adepto dessa filosofia , porém há uma importante questão sobre a felicidade e vai de encontro ao que Dona Florinda fala.
Hoje em dia não tanto "qualquer um ri" ou é feliz mas principalmente qualquer um defende a felicidade. Não seria hora de questionar isso ? * Quando um páis (Butão) inclui uma política de felicidade, quando inúmeras propagandas querem associar seu produto a felicidade , quando bancos contratam filósofos para motivar seus funcionários, quando se fala tanto em felicidade no trabalho, cabe o questionamento: ser feliz pra quê? 
No caso do trabalho, o que essa ideologia de felicidade esconde? Ser feliz no trabalho e fazer greve ao mesmo tempo é possível? Ser feliz e buscar melhores condições de trabalho? Quando se cobra sorrisos no ambiente de trabalho ao invés de se buscar saber o porquê do funcionário não estar sorrindo, o que isso nos diz sobre a sociedade em que estamos vivendo?
Seu Madruga pode estar certo em sorrir frente as adversidades e resistindo bravamente aos golpes que a vida lhe dá, porém a felicidade propagada em todos os meios hoje em dia está longe de ser espontânea e franca...

* A postagem é inspirada nesse texto do amigo Alex Castro (http://papodehomem.com.br/a-felicidade-e-uma-prisao/) que vem a minha cidade de Palmas para seu encontro-palestra-reunião-indefinível (http://alexcastro.com.br/encontros/prisoes-palmas/) , aliás nada mais filosófico que algo indefinível, vale a pena conferir para saber por si mesmo do que se trata. quem for daqui, puder e quiser ir é só se inscrever; quem não quiser, não gostar da ideia ou qualquer coisa, pode falar mal também, talvez até desperte mais curiosidade :D

ps - O livro sobre o blog ainda não foi entregue a revisão mas está quase, com certeza sairá tudinho de uma vez no fim do ano, nem que seja em caráter experimental.