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domingo, 27 de julho de 2014

Ensinar filosofia ou ensinar a filosofar?

" Pre -ri - go" 
(Seu Madruga chacoalhando o universo acadêmico)

A questão não é nova (!), desde muito tempo se questiona o limite do ensino de filosofia ou mesmo o que esse ensino têm produzido de filosofia. Foucault já propunha uma filosofia mais próxima dos problemas mundanos. Essa questão é ainda mais presente no livro de Gonçalo Armijos Palacios: "De como fazer filosofia sem ser grego, estar morto ou ser gênio.", em que se critica como se é feito filosofia hoje em dia no que o autor chama de "comentarologia", ou seja, a filosofia se restringe a comentários acerca de obras consagradas e na maioria das vezes, comentários em cima de comentários. Apesar de eu acreditar ser uma tendência geral, o autor que é Equatoriano, levanta a questão da causa do Brasil - conhecido por ser referência em música por exemplo - no campo da filosofia não ser tão reconhecido nem possuir figuras como um Villa Lobos etc, como expoentes na filosofia. Pois sim, essa nem é tanto a questão mas tendo por base trabalhos acadêmicos se vê muitas teses sobre "o conceito de fulano em sicrano que remete a beltrano". Com certeza é preciso o contato com os clássicos, a leitura e a análise (o próprio Palacios admite isso em seu livro) mas será que não há uma certa limitação ao se ficar "com o pé fincado" em textos e interpretações de textos? 
A filosofia já desiludiu muitas pessoas que ao fazerem um curso de filosofia se depararam com inúmeras interpretações-fichamentos de textos , leituras e mais leituras que inclusive são pré requisitos para se ter uma aula, dependendo do rigor do professor. Obviamente certas expectativas são boas de se perder, como a de querer encontrar o sentido da vida, segredos do universo ou algo além da já incrível realidade filosófica mas acredito que o ensinar filosofia pode ser determinante no modo como se exerce "o filosofar"
Para contrapor essa questão vemos no episódio do professor Girafales sendo substituído pelo Seu Madruga, um interessante paralelo. As crianças, antes desatentas e distraídas, passam a estar completamente concentradas em uma explicação de algo que de certa forma está conectado com o seu cotidiano. 
Não sei se a questão é se ter somente aulas "Madruguisticas" ou não, mas talvez nem só de ler e interpretar viva a filosofia...  

* agradecimentos ao leitor Edward que há muito tempo deu essa sugestão de postagem

terça-feira, 15 de julho de 2014

Eu prefiro morrer do que perder a vida



"A morte é propriamente o gênio inspirar, ou a musa da filosofia, e por isso Sócrates a definiu como preparação para a morte. Sem a morte, seria mesmo difícil que se tivesse filosofado."
Arthur Schopenhauer

"A verdadeira questão não é se existe vida após a morte.
A verdadeira questão é se você está vivo antes da morte."
Osho

A morte é um tema bem amplo na filosofia, seria muito difícil abranger todos os aspectos em que a morte é tratada na filosofia, pode parecer desculpa e de fato é uma excelente, dado a vastidão desse assunto no campo filosófico.
Pois sim, dito isso vamos lá: desde os "pré-socráticos", até os materialistas, o próprio Sócrates, Platão, idade média, moderna, contemporânea, Sartre, Camus (que inclui a questão do suicídio), Schopenhauer, Nietzsche e muitos outros pensaram o tema morte em algum aspecto. No nobre seriado há duas passagens que falam sobre o tema, uma está no vídeo e outra na frase-título.
No vídeo vemos a parte que Seu Madruga encara a morte no espelho (em sentido figurado), curiosamente isso acontece no dia do seu aniversário que ao mesmo tempo que é o dia do nascimento de qualquer pessoa, significa estar mais próximo da morte. Seguindo esse caminho, cada dia vamos morrendo um pouco mais, a existência  e o absurdo dela segundo Sartre é justamente sermos mortais. Com a existência da morte é preciso dar um significado a própria vida, criar esse significado. A morte nos impulsiona à vida pela sua existência tornar a vida finita. Bem ou mal, ou até mesmo as duas coisas, Seu Madruga não passou o aniversário comemorando , boa parte foi pensando sobre a possibilidade de sua morte. Mesmo que por vias tortuosas ele acabou chegando a essa verdade, a de que a morte estava mais perto.
No caso da frase-título apesar do efeito cômico a princípio, podemos pensar que morrer não é necessariamente sinônimo de perder a vida. "Perder a vida" pode ser ter uma vida sem propósito, que nega ela mesma, ao invés de ter uma vida que busca valores para afirmar a própria vida. No caso então seria preferível a morte do que "perder a vida" (deixá-la escapar, não vivê-la plenamente). 
Por fim, talvez a questão não seja tanto a morte em si, mas sim pensar se o não refletir sobre a morte e a finitude da vida pode levar a se perder a vida. Será que "perdemos a vida" ao não lembrarmos da morte? De qualquer forma prefiro morrer do que perder a vida... 

  
* agradecimentos ao leitor Edward que há muito tempo deu essa sugestão de postagem

domingo, 6 de julho de 2014

Sugestão de blogs

http://livroseafins.com 
http://iniciantenabolsa.com

Há muito tempo que leio a Newsletter do Alessandro Martins, achei a ideia bem interessante de se mandar um e-mail de atualizações , tornando a escrita mais próxima com o leitor, pensei em fazer isso aqui mas por problemas técnicos não coloquei a ideia em prática.


Ebook Chaves e a filosofia

- "Devore os livros"
(Seu Madruga talvez profetizando os ebooks, ainda que sem a intenção provavelmente...)

Pois sim, carississississíssimos leitores , estou trabalhando nesse projeto (!), textos reescritos, alguns novos especialmente para o ebook. É uma ideia simples porém trabalhosa. Me veio o insight esses dias, porque não? Em meio a tantos blogs despretensiosos que viraram ebooks, esse que desde sempre tinha a intenção de virar livro...me parece melhor arriscar escrever este ebook. 
Há quem provavelmente dirá que é melhor esperar para anunciar, esperar por ter algo além dos 2 capítulos  novos escritos e muitas ideias ainda sem por em prática. Porém resolvi romper de vez com a ortodoxia e com a superstição mascarada de medo de fracasso (na maioria das vezes) de não se falar antes de já ter feito e consolidado algum projeto em sucesso.
Acho interessante o segredo em certos aspectos da vida mas abro mão nesse caso, pois vejo que esperar a perfeição (não que o ebook será perfeito mas nesse caso perfeição quer dizer esperar o livro estar pronto), pode levar a se deixar de fazer muita coisa boa, só para atender uma idealização. Posso me perder no meio do caminho, cansar , desistir mas ao mesmo tempo é um projeto que acho necessário e essencial para todo fã de Chaves e Filosofia, juntos e misturados.
Falar de certa forma me faz ter um certo compromisso e responsabilidade. Mas sem pressão (como os churros da D. Florinda)
Abro o convite para quem tiver sugestões, ajuda e afins a se manifestar nos comentários mas sem pressão também.
Saudações Chavísticas.