Seguidores

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Parrésia chavistica

"Quantos anos você tem Chaves?"
"8, por que?"
" Porque eu não sei como em tão pouco tempo se consegue ficar tão burro"
" Para o senhor demorou mais?"
(Sr. Madruga e Chaves)

A Parrésia é um termo grego ligado ao falar a verdade (franqueza), é citada em política na questão de como um governante consegue exerce-la frente ao povo se opondo a fala do demagogo. Ao invés de ser a fala que o povo prefere ouvir a parrésia seria a fala que o povo precisa ouvir, seja agradável ou não aos seus ouvidos. Foucault trata da parrésia desde discursos de Péricles, até Platão, Sócrates e Diógenes.
Pericles é um político hábil em seus discursos. Mesmo diante da guerra consegue avivar os ânimos do povo grego. Seu discurso fala que independente de haver uma derrota todos devem assumir a responsabilidade, algo diferente de simplesmente incitar as massas a guerra por si só. Existe a necessidade de guerra , o discurso vai na direção da guerra porém não se abstêm de ser franco. Platão precisa exercer a parrésia ao colocar em prática seu projeto político na Sicília só que no papel de conselheiro de um governante tirano. Sócrates é o exemplo mais emérito de bom parrésiasta , seja em seus discursos nos diálogos como Banquete e Fedro seja na sua defesa em seu próprio julgamento. Por fim sobra Diógenes , qual a parrésia de alguém como Diógenes? Pois sim, seu próprio cinismo, modo de agir e ser no mundo, estes elementos são sua própria parrésia. 
Chaves, se analisarmos (olhando assim contra a luz), parece ser um dos poucos que consegue falar a verdade e praticar a parrésia no seriado. Seja em seu agir, seja no seu falar em meio as fofalhas da gentoca e tudo que cerca a vila. A parrésia é algo de seu demônio, digo, domínio. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário