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domingo, 31 de maio de 2009

Nada de exaltações. (Girafalles e Epicuro)

-Cacuquetetinho
-Não entendo
-Cacuqueteetinho
-não compreendo
-Machuquei o dedinho!
(diálogo entre Chaves e professor Girafalles)

Nada de exaltações! Nada de exaltações! Eis um mantra para Epicuro. Epicuro filósofo grego do período helenístico (http://pt.wikipedia.org/wiki/Epicuro).
Essa frase do nosso querido professor resume bem a filosofia de Epicuro e a vida que ele propunha: -Sem exaltações. Algo impossível hoje em dia (você provavelmente pensou), bem, isso não era fácil nem na Grécia Antiga mas realmente, hoje, na pós- modernidade (ou na hipermodernidade), somos compelidos à exaltação. Trabalho excessivo, stress, trânsito, publicidade vinda de todos os meios , vendendo-nos "prazeres"...prazeres? Sim! Esse é um ponto chave do Epicurismo, o prazer. Já ouvi um ator que eu não vou falar que é o Peréio, falar que hoje em dia vivemos o Epicurismo, principalmente os jovens, todos uns Epicuristas, só vivendo pelo prazer. O entrevistador não contestou na hora , ao contrário, achou engraçado e provavelmente ficou impressionado com a cultura do seu entrevistado (só citar Epicuro já demontra uma certa cultura, mesmo que essa visão de Epicurismo,como sendo um hedonismo vulgar, não corresponda à realidade) . De fato desde quando estava vivo, havia lendas e boatos (da Dona Neves provavelmente), dizendo que o epicurismo é uma filosofia de prazer grosseiro, trivial, bestial. Antes de tudo é preciso ter claro que quando se fala que vivemos um Hedonismo desenfreado nos dias de hoje, sempre é uma referência ao Hedonismo vulgar (busca pelo prazer imediato , sem critério, sem escolha), e muitos sempre associam a palavra Hedonismo apenas ao prazer, porém evitar o desprazer é algo pouco falado, e trata-se de uma prática Hedonista.
Segundo Epicuro há prazeres que devem ser evitados: Fama e Fortuna, por exemplo. " Outros são naturais, outros são vãos de entre os naturais, uns são necessários e os outros somente naturais. Finalmente, de entre os desejos necessários, uns são necessários à felicidade, outros à tranquilidade do corpo e outros à própria vida. Uma teoria verídica dos desejos ajustará os desejos e a aversão à saúde do corpo e à ataraxia da alma, pois é esse o escopo de uma vida feliz, e todas as nossas acções têm por fim evitar ao mesmo tempo o sofrimento e a inquietação."(Epicuro, na "Carta a Meneceu").
Por fim o Epicurismo visa a Ataraxia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Ataraxia), a qual propõe que mesmo em um ambiente desfavorável a razão deve triunfar (nem sempre nosso querido professor consegue isso em suas aulas), além de não temer a dor (nem mesmo a causada por uma ratoeira).


Links que faltaram:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Hedonismo
http://www.citador.pt/pensar.php?op=10&refid=200802190845

Quem quiser uma explicação bem mais detalhada sobre o Hedonismo recomendo o autor francês Michel Onfray.
Em "Contra história da filosofia 1-sabedorias antigas" há um capítulo inteiro dedicado à Epicuro.

Um comentário:

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