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terça-feira, 4 de maio de 2010

Diálogos Chavísticos

"Altruísta, se lutar é altruísta?!"

"E quem vai lutar com turista?"

"Altruísta é um homem que ama os outros homens!"

"Ah bom, aqui chamamos de outro nome..."
(Diálogo entre Girafalles e Madruga, um pouco menos familiar , apesar de ser familiar para muitos...)

Estava preparando outros textos , principalmente um sobre "ética em Chaves" mas diante de um fenônomeno que vem ocorrendo vou deixá-lo para depois (mais depois ainda, perdoem ínumeros 3 leitores do blog). Na verdade não é algo de agora mas recentemente tem ficado mais visível devido a grande exposição do seriado na mídia.
Recentemente os camaradas Carlos Villagran (Kiko) e Edgar Vivar (Sr. Barriga) vieram aqui ao Brasil e a vinda deles foi , como não poderia deixar de ser, imensamente explorada pela mídia , não apenas pelo sbt , como por outras emissoras (a Globo não). Até aí na-da de mais. As aparições no programa do ratinho foram emocionantes, a do Kiko então fez todo mundo se emocionar.
Porém uma coisa que me incomodou e sempre me incomoda quando falam do seriado é atribuirem o sucesso do programa ao fato de ser um programa familiar, e se concentrarem apenas nos bordões , famigerados bordões. São importantes é claro, e não deve ser fácil criá-los (mesmo para os que chegaram cedo na distribuição de cérebros) mas quem é fã do programa sabe que os bordões não são a essência do sucesso do programa. A essência está nos diálogos.
Aqui no blog mesmo há vários exemplos , a magia toda , o encanto, o que faz com que assistam tantas vezes , são os diálogos. Sempre se descobre algo novo ou se relembra algo que se esqueceu deles (isso não é desculpa para repetirem tanto! Volta Perdidos! http://chaveseafilosofia.blogspot.com/2009/01/episodios-perdidos-e-escritos-perdidos.html). Chespirito , o apelido de Roberto Gomez Bolaños quer dizer pequeno Shakespeare ,tal apelido foi posto nele pelo diretor de cinema Agustín P. Delgado, que considerava Roberto Gómez Bolaños um pequeno Shakespeare (estatura de Bolaños: 1,60m). O próprio Bolaños achou exagero mas claro que ficou honrado com a referência e até hoje é chamado assim , inclusive pelos seus colegas de programa. (Quem viu o ratinho não deve ter entendido, quando se referiam ao Chaves como Chespirito)
A filosofia também foi feita com diálogos , logo no começo da filosofia Platão usava-os como forma de fazer filosofia, esse método é chamado de Dialética. Podemos fazer a analogia de que os bordões são as falas dos sofistas , uma fórmula , uma receita para que todos entendam sobre o que está se falando, não deve ser desprezado, e é natural usá-lo como referência, mas sem diálogo fica difícil fazer filosofia e também assistir Chaves.

* pretendo mudar o visual do blog na medida do possível, com algumas fotos, "na medida do possível", para a leitura não ser cansativa, o que acham? (talvez os inúmeros três leitores cresçam e se tornem meia dúzia, ahh e desculpem o grande hiato de textos vou me esforçar para atualizar com mais frequência)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Dial%C3%A9tica
http://www.chespiritobr.com/index.php?acao=quem

8 comentários:

  1. Concordo...

    E já são 4 leitores! xD

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  2. Seu Blog tá muito bom! Parabéns, gostei muito!

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  3. Sim, fotos fariam muito bem!
    E até mesmo trechos do programa dublados em português, tem muita gente adepta da ideologia trabalhista do seu Madruga colocando videozinhos no Youtube.

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  4. E outra sugestão: habilita a barra se seguidores do blog. Além de ser um recurso útil para divulgação, isso possibilita que os "bloguistas" seguidores sejam atualizados mais rápido sobre novos artigos.

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  5. Opa, manda o link Edward! E valeu Polegar, muito bom tê-lo como leitor. Rumo a meia duzia!

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  6. Já habilitei a parada dos seguidores, demorou um pouco mas descobri como faz.

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  7. Sempre suspeitei que esse negocio de barril do chaves tinha alguma do cinico Diógenes, parabéns pelo blog

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  8. Os diálogos são a essência de qualquer entendimento. Mesmo quando se pensa a priori, você com você mesmo, a produção do enunciado é sintética, pois estabelecemos um comum entre duas asserções (acho que um tal de Kant falou isso). É o fundamento do diálogo. Mesmo pra fazer-mos uma fórmula precisamos de um 'acordo'.
    Sabemos que 7 + 5 = 12 por algo em comum entre 7 e 5, não porque 12 é uma entidade isolada, se assim fosse ele podia ser desmembrado em 7 e 5 necessariamente. Toda análise vem depois de uma síntese.
    Tem muito do trágico shakespereano em chaves mesmo ^^

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