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domingo, 29 de abril de 2018

Godinez e o pragmatismo

Mas por que se não começou a aula? (Godinez exibindo sua veia pragmática)

Godinez é um personagem modesto no "mundo chavístico". Suas aparições estão condicionadas a escola e raras aparições em musicais e em um episódio em que os personagens jogam "futebol americano".
Tido como distraído e desligado por não se destacar tanto perante os demais alunos, é certo que a despeito disso não fica em recuperação (tal qual Chaves, Chiquinha e Kiko), além de saber que os colares de pérolas são feitos com as...pé-ro-las.
Mas será, ele mesmo, assim...desligado? Distraído? Há assobios durante a aula de aritmética é claro. Acertos que parecem sorte (-me fale dois pronomes, - quem eu?), nota seis diante de professores substitutos.
Por falar em sorte, Godinez exibe um método para ir bem nos exames: o jogar de uma moeda.
Em filosofia o pragmatismo é tido como uma filosofia surgida no país do futebol americano. Focada em linguagem (Peirce e seu trabalho com o signo, significado, símbolo e sentido), no empírico e em eventos concretos, na filosofia da mente e da informação. Pode-se dizer que uma filosofia pragmática se debruça sobre os problemas da linguagem mas também os problemas do real, do aleatório, do erro etc. O exemplo é o conhecido lançamento de uma moeda: a chance de cara ou coroa em tese são 50% para um ou outro, porém existe o experimento de lançar-se milhões de vezes e o resultado ser comprovadamente muito destoante de uma margem aleatória, ou seja, o erro aparece como algo previsível e sem ele há algo errado (!) por ser comprovado que em dado sistema há sempre a presença do erro.
O pragmatismo é marcado por representar uma ideia pejorativa. Haveria um ajuste da verdade para uma realidade condicionada a uma compensação que não possui critérios definidos. Na crítica de Russell, o que é verdade passa a ser algo que se compensa acreditar. 
Independente desta face pejorativa do pragmatismo, mal visto hoje em dia por ser supostamente anti-reflexão ou contra um pensamento mais contemplativo (se atendo a resultados práticos apenas), o pragmatismo pode ser visto de outra forma , como uma ferramenta importante e que pode resultar em abstrações e ideias longe de uma realidade essencialmente capitalista ou liberal de retorno financeiro, mas como um método interessante de investigação.    
Godinez mostra uma presença de espírito importante ao questionar quanto ao começo da aula. Por que se não começou a aula?
Em um mundo cada vez mais complexo, com inúmeros afazeres, soluções que criam novos problemas cabe sempre se perguntar por que fazemos o que fazemos. Será que nos adiantamos diante de uma aula que nem começou de fato?

https://pt.wikipedia.org/wiki/Pragmatismo
http://www.filosofiadainformacao.com.br/

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