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quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Hegel e Chaves

 Extraaaa, extraaaaa 10 pessoas enganadaaas, extraaaaa (chavinho anunciando um final infeliz da Razão)

Bom, apesar da frase inicial a ideia não é enganar ninguém aqui. Vou tentar escrever sobre Hegel e Chaves sim, mas não chegaremos no âmago do pensamento hegeliano. Mesmo com o amplo material e acúmulo disponível ainda há muito trabalho sobre o pensador Hegel. Desde leituras heterodoxas até leituras mais ortodoxas.

O aspecto que eu pretendo focar aqui é breve, talvez até brevíssimo e vocês poderão se informar com pessoas que sabem muito mais de Hegel do que eu. Tem o...não esse não, tem também o...não, ahh tem aquele...não esse menos. Mas enfim, deve haver alguém explicando Hegel bem na internet. Prefiro não citar ninguém devido não saber se as pessoas gostariam de ser citadas nesse humilde blog.

Pois sim, já tivemos Kant por aqui nessas bandas, naquela postagem sobre os sucos, ou refrescos (o que parece, tem sabor ou o que é). Hegel parte do "muro conceitual" erguido por Kant e constrói mais coisas partindo dali. Se ele é mais kantiano do que gostaria de admitir, se sua filosofia é...uma viagem, não entramos aqui nesse mérito.

Como diria Seu Madruga ao Chaves em sua leitura pausada de epístolas ("não faça vírgulas"), então sigo daqui, a partir do que postei no texto sobre Kant, procurando evidenciar justamente certo prosseguimento epistemológico. Há toda uma discussão em Kant sobre o conhecer e o conhecimento, empirismo e racionalismo. Hegel parte de uma proposta de resgate da metafísica, porém uma metafísica que passou pelo crivo kantiano. 

Nisso, chegamos a célebre frase do racional ser real e o real ser racional que apesar de ser famosa alguns qualificam como equivocada do ponto de vista da tradução (o correto seria que o racional é efetivo...), só que, partindo do que queremos mostrar nessa postagem, há um encaixe com a situação do episódio do Chaves vendendo jornal vencido ao Seu Madruga.

A verdade empírica, fechada numa lógica de tempo e espaço, faz com que o sujeito ao ver um jornal de ontem entenda ter sido enganado. E de fato houve uma trapaça. Só que se a compra ocorresse no dia anterior o jornal seria atual. 

Não há um final feliz para Seu Madruga na estória. Hegel, por sua vez, numa leitura clássica, possui um percurso de final feliz para a Razão. Mas aí cabe fazer a questão: estamos enganados quanto a teoria de Hegel, tal qual Seu Madruga e seu jornal de ontem?

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