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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Liberação da mulher feminina (!)



"Que de hoje em diante as mulheres vão sair pra trabalhar e os homens que vão ter os filhos"
Francisquinha contra o patriarcado!



Vendo essa entrevista com Oscar Maroni me peguei pensando como ainda temos discursos machistas travestidos de libertários e pela liberdade. Espero que o leitor não me entenda mal, não sou moralista com a prostituição ou com as prostitutas, meu problema é com um outro lado da história. Sexo é ótimo mesmo mas porque só para os homens? E as mulheres desses homens não tem tesão, desejos ou simplesmente não querem viver essas experiências? 
A coisa já começa naquele discurso parecido com quem é contra a liberação da maconha, que prega que supostamente o usuário de maconha irá usar outras drogas (quem toma suco de abacaxi vai querer tomar de tamarindo), ou no caso em questão, quem transa com a mulher hoje amanhã vai enjoar e terá que satisfazer-se com outra. O discurso depois torna-se inflamado, bonito, em defesa do sexo livre de tabus, da liberdade sexual (tão falada que temos hoje em dia), mas será? Por que não se fala em amor livre? No amor livre os dois tanto homem quanto mulher são livres para ter experiências e quem sabe compartilha-las , não há essa hipocrisia, não é preciso esconder nada, se é pra ser liberal e libertário por que não se libera geral? Na verdade faz todo o sentido se analisarmos bem, ele Maroni é o capitalista no sentido que ganha dinheiro com isso, nada mais justo do que incentivar e criar uma necessidade onde ela não existe (!), por isso que não se fala em amor livre, o sexo poderia ser de graça e para os dois (!), sem medo nenhum. Vendo dessa perspectiva o discurso bonito se transforma em algo conservador que serve para manter tudo como está e manter o "sagrado" casamento.
No nosso querido seriado, Francisquinha faz o seu discurso invertendo os papéis pré estabelecidos, quando diz que o homem tem o direito de se fazer de difícil, e também ao dizer que agora são os homens que vão ter os filhos. Apesar de parecer pouco é o contrário de um discurso conservador que coloca a mulher como uma mera coadjuvante de aventuras sexuais do marido. Antes (o contrário de adiante) Chiquinha diz que as mulheres não tem mais que pedir permissão para cometer as "barbaridades" que já cometiam antes quando não davam permissão (!) Pois sim, que todos façam coisas bárbaras então, os homens e as mulheres!  

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